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terça-feira, 23 de abril, 2024

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APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURA LIBANESA SÃO DESTAQUES EM ANIVERSÁRIO DE ESCOLA DA REME

Com apresentações de esquetes teatrais, números de música e dança, os alunos e profissionais da escola municipal “Consulesa Margarida Macksoud Trad” festejaram, no sábado (31), os 19 anos da unidade escolar, localizada no bairro Estrela Dalva I.

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Para marcar a data, direção, professores, coordenadores e técnicos elaboraram o projeto “Escola Consulesa entre Gerações”, que teve o objetivo de valorizar os projetos desenvolvidos na unidade, além de destacar sua importância na comunidade em que ela está inserida.

Além das apresentações culturais, os visitantes puderam conferir caricaturas dos antigos diretores, expostas em murais e textos contando a história da escola e ressaltando as tradições libanesas, como as danças e a culinária, já que Margarida Macksoud Trad foi a primeira consulesa do Líbano no Brasil, trajetória contada em uma esquete cênica por alunos do 8º e 9º anos, no palco da unidade.

Os projetos desenvolvidos na escola pela Divisão de Esporte, Arte e Cultura (Deac) da Rede Municipal de Ensino (Reme), como o judô, ginástica artística e futsal também tiveram um destaque especial, com demonstrações dos alunos.

A secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, marcou presença na festa e lembrou que também fez parte da equipe da unidade escolar. “É gratificante ver o avanço da escola. Hoje temos dois diretores que também iniciaram aqui e isso faz um diferencial muito grande. Parabenizo a comunidade que contribui para o desenvolvimento da escola. Quando a escola é aberta a comunidade, os pais e alunos têm um olhar diferenciado. O trabalho desenvolvido aqui é uma extensão do nosso trabalho na Semed”, pontuou.

A superintendente de Gestão e Normas da Reme, Alelis Gomes, que passou pela direção da escola, elogiou o perfil acolhedor da comunidade. “Nunca tive projetos para vir para essa escola, mas foi um desafio. Fui muito bem recebida e fico feliz em ver que a unidade está bem desenvolvida. É um lugar onde me sinto em casa e que forma muito bem seus alunos”, ressaltou.

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Neta da consulesa Margarida Macksoud Trad, a advogada Fátima Trad destacou o trabalho da Reme e o empenho dos profissionais em oferecer projetos que têm incrementado o projeto pedagógico das unidades escolares. “Agradeço muito a toda essa equipe pelo trabalho maravilhoso que realizam com os alunos. Quem ganha é a comunidade, que pode contar com uma educação de qualidade”, afirmou.

Projetos de sucesso

O diretor Orlando Rodrigues Peralta, disse que o fato de ter desenvolvido projetos que levaram os alunos a valorizar a escola e cuidar do patrimônio, é uma de suas principais conquistas da equipe. “A comunidade nos apoia e com isso conseguimos elevar nosso índice do IDEB e praticamente já não temos mais problemas de indisciplina”, frisou. Outro orgulho do diretor foi o fato de a escola ter implantado, por meio da Semed, o projeto Esquadrão da Vida, que é uma extensão que atende alunos da EJA (Educação para Jovens e Adultos) em uma comunidade terapêutica da Capital.

O projeto, criado em 2018, conta com 104 acolhidos da comunidade terapêutica Esquadrão da Vida. O objetivo é auxiliar no processo de reinserção social. O professor de sala faz um acompanhamento personalizado para detectar as dificuldades específicas de cada aluno e as vivências dos acolhidos são levadas em conta na metodologia aplicada.

Para o aluno João Vitor Moreira Paravá, 12 anos, que pratica judô por meio do projeto da Deac, disse que mudou sua disciplina depois que começou a praticar o esporte na escola, tanto que já conquistou sua primeira medalha na edição dos Jeres este ano. “Gosto muito de estudar aqui. Me dedico porque não quero perder essa oportunidade”, disse.

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A aluna Emanuelle da Silva Teodoro, 14, está concluindo o 9º ano e já está sentindo saudades da escola. Sobre o aprendizado que vai levar para a vida, após sua passagem pela escola, ela enfatiza que será o prazer pelos livros. “Fiquei aqui nove anos e aprendi a ter gosto pela leitura por causa dos projetos que os professores fazem. Hoje a gente faz um trabalho com os alunos menores para eles também gostarem de ler”, contou Emanuelle, que ainda é medalhista na ginástica artística oferecida pela Deac na escola.

“Vou tentar continuar no projeto porque vou sentir muita falta das aulas de ginástica. Eu adoro estudar aqui”, concluiu. A escola ainda está preparando um documentário sobre a unidade para marcar a data e um trailler  foi apresentado às autoridades.