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quinta-feira, 18 de abril, 2024

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Corredor Rodoviário Bioceânico avança em frentes estratégicas para efetivação do projeto

Os resultados apresentados na VIII Reunião do Grupo de Trabalho do Corredor Rodoviário Bioceânico, realizada nos dias 21 e 22 de agosto em Campo Grande, apontam avanços significativos em frentes consideradas estratégicas para a efetiva implementação do projeto.

Nesta quinta-feira (22), após a leitura do documento final, com o resumo das atas das mesas temáticas sobre infraestrutura, transporte e logística; produção e comércio; simplificação dos procedimentos aduaneiros; turismo e rede de universidades, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) lembrou que há um forte empenho das autoridades brasileiras, paraguaias, argentinas e chilenas na efetivação do projeto “e os avanços registrados nessa reunião em Mato Grosso do Sul demonstram que há um esforço coletivo nesse sentido”.

“Um dos importantes avanços que tivemos foi a presença do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e o fato de ele ter anunciado o interesse do órgão em abrir um escritório de representação do Itamaraty em Mato Grosso do Sul. Isso é uma ação direta do trabalho do Governo do Estado para a implantação do Corredor Rodoviário Bioceânico. Esse escritório vai fazer toda uma articulação com esses países, a partir de Campo Grande”, afirmou Jaime Verruck.

Um outro ponto destacado pelo titular da Semagro foi o acompanhamento do cronograma de obras a serem realizadas ou já em andamento em cada um dos quatro países que integra o Corredor. “Nós temos que pensar e priorizar o término das obras. O que nós ouvimos aqui foi que está mantido o cronograma de construção da ponte ligando os municípios e Carmelo Peralta e Porto Murtinho, até março de 2023 e que em março de 2022 o governo paraguaio conclui a sua parte de infraestrutura”, afirmou.

Na questão da simplificação dos procedimentos aduaneiros nas fronteiras dos quatro países também houve avanço. “Nós entendemos, que sem a solução das alfândegas, nós não vamos ter um corredor efetivo e competitivo. Nós avançamos agora na elaboração de um termo de referência a ser adotado em relação às alfândegas, que conta com a participação dos órgãos de Receita Federal de todas representações”, informou o secretário.

O turismo e a integração do setor privado também entraram na pauta como elementos estratégicos na implantação do Corredor. “No turismo, a ideia é criar uma marca, que deverá ser utilizada por todo e qualquer produto turístico ao longo do trajeto. É uma proposta que está avançando rapidamente. Em relação ao setor privado, tivemos uma mesa específica sobre produção e comércio, buscando principalmente, não somente o comércio asiático, mas também o comércio intrarregional”, acrescentou.

“Nós temos destacado a redução do custo e do tempo de transporte com a efetivação do Corredor e esses dois números têm de ser apresentados para o mundo, principalmente para a Ásia, mostrando que o Corredor tem um custo 23% menor e tempo de transporte reduzido em 17 dias para chegar a mercados como Xangai. Com esses dois fatores, Mato Grosso do Sul e o Brasil tendem a ser mais muito mais competitivos nos mercados asiáticos. Além disso, a EPL (Empresa de Planejamento Logístico, do Ministério dos Transportes) tem desenvolvido estudos para mostrar aos empresários brasileiros e também atrair investimentos para essa nova rota. Não é só levar o produto. Como governador tem destacado, nós precisamos agregar valor. Não queremos só mandar soja em grão, temos de inserir o farelo, a celulose, mas principalmente, mandar proteína animal, queremos mandar carne bovinos, frangos e suínos. Agregar valor em nossa produção, de maneira competitiva nos mercados asiáticos, finalizou Jaime Verruck.

Fonte: Portal do MS