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sexta-feira, 29 de março, 2024

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Em jogo com duas viradas, França elimina Argentina com Mbappé jogando muito.

Quem esperava Lionel Messi, 31 anos, viu Kylian Mbappé, 19. O jogador mais novo da fase de mata-mata da Copa assombrou o mundo com arrancadas (uma delas de 64 metros, atingindo 32,4km/h) e dois gols na vitória da França sobre a Argentina por 4 a 3 em Kazan, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, igualando uma marca de Pelé! Com uma atuação histórica, o adolescente conduziu a seleção francesa à classificação num jogo tenso, com duas viradas, e que confirmou o time de Didier Deschamps como um dos candidatos ao título.

Griezmann abriu o placar de pênalti, e Di María empatou no fim do primeiro tempo, num chutaço de fora da área. Mercado virou o jogo no início do segundo tempo, desviando chute de Messi. Mas a França marcou três gols em 11 minutos na sequência (um golaço de Pavard e dois de Mbappé) e levou a classificação para as quartas de final da Copa do Mundo. Nos acréscimos, Agüero ainda fez o terceiro da Argentina.

Em sua quarta Copa do Mundo, o dono de cinco Bolas de Ouro se despede mais uma vez sem fazer um gol numa fase de mata-mata no Mundial (ele tem agora 19 jogos e seis gols em Mundiais, todos em fase de grupos). Messi participou do lance do segundo gol, o da virada argentina, no início da etapa final – ele chuta, a bola desvia em Mercado e entra. No geral, porém, o camisa 10 teve pouco espaço para jogar, marcado de perto pelo incansável Kanté e sem um centroavante por 65 minutos (Aguero entrou aos 20 do segundo tempo).

Antes de fazer dois gols no segundo tempo, acabando com a Argentina, Mbappé deixou a todos de queixo caído com uma arrancada no primeiro tempo. Ele correu 64m e chegou a atingir 32,4km de velocidade na arrancada até ser parado por Rojo no lance do pênalti, aos 10 minutos de jogo, convertido por Griezmman.

A decisão de Sampaoli de sacar Higuaín e usar Messi como falso 9 não deu certo. O craque argentino se viu cercado por defensores franceses (marcado individualmente por Kanté), sem ter com quem jogar. O time de Deschamps abriu mão da posse de bola (fechou o primeiro tempo com apenas 38%, chegando a ter apenas 30% em determinado momento) e deixou a Argentina tocar, sem saber o que fazer com ela. Quando a França recuperava a posse, era letal. O lance do pênalti em Mbappé aos 10 entra para a história das Copas como uma das maiores arrancadas de todos os tempos – ele pega a bola na intermediária, sai correndo e só é parado por Rojo com pênalti. Na cobrança, Griezmann deslocou Armani e fez seu segundo gol na Copa (ele havia mandado uma falta na trave dois minutos antes). A Argentina mostrava dificuldade, com Pavón exagerando das bolas alçadas na área para ninguém. Até que Di María achou um gol. Um golaço, na verdade. Aos 40, sem ser incomodado, arriscou um petardo de fora da área, e Lloris demorou a cair na bola. Um empate que caiu do céu para a Argentina.

A Argentina achou também o segundo gol, logo aos 2 minutos, com Mercado desviando chute de Messi. A França, que parecia acomodada em campo, acordou e foi pra cima. Fez três gols em 11 minutos: Pavard empatou aos 11 (um golaço de fora da área), Mbappé virou em lance de oportunismo aos 18 e deu o tiro de misericórdia aos 22, numa jogadaça que envolveu todo o time da França, desde a defesa até o ataque. A Argentina foi para o desespero, com Agüero e Meza substituindo Enzo Pérez e Pavon. Mas a Argentina é e sempre foi dependente de Messi, e o craque continuava sumido, marcado por Kanté. Uma arrancada aos 39 foi a única boa jogada do camisa 10 argentino no segundo tempo. A Argentina ainda descontou nos acréscimos com Agüero, completando cruzamento de Messi. No final, resultado justo: 4 a 3 para a França.