Campo Grande, MS
segunda-feira, 22 de abril, 2024

A Secretária Nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Mariana Neris, visitou, nesta quinta-feira (18), duas unidades de acolhimento que integram a rede de Assistência Social do município. Acompanhada pela vice-prefeita Adriane Lopes, pelo secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva e pela secretária-adjunta, Thelma Fernandes, ela conheceu a estrutura de atendimento das unidades, conversou com funcionários e ouviu depoimentos de acolhidos que tiveram a vida transformada após o atendimento nos espaços.

A primeira visita foi na Unidade Institucional em Residência Inclusiva I, localizada no Jardim dos Estados, que oferece o serviço de acolhimento para pessoas com deficiência, com idade entre 18 e 59 anos, e sem retaguarda familiar. Apesar de ter sido criada em 2015, a gestão atual inaugurou a nova casa em 2019, para atender melhor às necessidades dos usuários. Hoje, dez acolhidos residem no local.

A segunda unidade visitada foi o Centro-Dia de Referência para Pessoas com Deficiência, localizado no Bairro Vilas Boas. A nova unidade, inaugurada em 2018, também atende pessoas na faixa etária de 18 a 59 anos, além de ser um ponto de apoio para os familiares. No entanto, devido à pandemia, as pessoas com deficiência passaram a ser atendidas de forma remota e por meio de visitas domiciliares, já que a unidade passou a acolher apenas idosos em situação de rua. No momento, o local conta com 11 idosos, além de atender 82 famílias de pessoas com deficiência.

“Nossos servidores têm feito um trabalho de excelência. O amor que eles dedicam a essa atividade faz toda a diferença e a gente preza muito pelo atendimento a esses usuários, respeitando as diferenças e necessidades de cada um. Apesar da pandemia, a qualidade dos nossos serviços se mantiveram. Prova disso são os exemplos de superação que encontramos entre os nossos acolhidos”, pontuou a vice-prefeita.

A secretária Mariana Neris elogiou o olhar humanizado e o empenho da gestão em construir uma política pública social de qualidade. “Pude comprovar que aqui os serviços voltados para a população mais vulnerável são feitos com excelência. A Residência Inclusiva e o Centro Dia, que hoje está reordenado para atender a população em situação de rua, demonstra uma qualidade de atendimento que a gente vê pelos depoimentos dos usuários. Parabéns ao município de Campo Grande, que tem sido referência para nós nesta visita e pode ser um caso de sucesso para outros municípios do país”, frisou Mariana.

Também participaram da visita, a superintendente de Proteção Social Especial, Tereza Cristina Miglioli, técnicos da SAS e os defensores públicos do Estado, Débora Maria de Souza Paulino e Mateus Augusto Sutana e Silva, além da Primeira Subdefensora geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira.

Superação

Um dos casos de superação registrados durante a pandemia é o de Levi Eugénio dos Santos, que chegou ao Centro Dia em março e fez questão de contar sua história. Após 29 anos em situação de rua, ele decidiu mudar de vida após a abordagem da equipe da SAS, que o levou para a unidade.

Com a ajuda dos profissionais do Centro Dia, ele conquistou um trabalho no Cras Guanandi por meio do Proinc, onde realiza diversos serviços. Além de resgatar a autoestima e recuperar a saúde, hoje ele sonha com a casa própria.

“Aqui tive um atendimento diferente do que tinha com a minha família. Aqui recebi o respeito. Essa equipe mudou minha vida, abandonei todos os vícios e agora posso guardar um dinheiro e batalhar para ter minha casinha”, contou Levi.

A secretária ainda recebeu um relatório com as experiências e casos de sucesso registrados na unidade durante a pandemia. Para o secretário municipal de Assistência Social, José Mário, ter o reconhecimento deste trabalho é uma satisfação para o município.

“Desde o início da gestão, o foco sempre foi a humanização do atendimento em toda rede de assistência social do município. Nas unidades de acolhimento é importante criar um ambiente o mais próximo possível do existente em um núcleo familiar. Dessa forma, os acolhidos se sentem respeitados. Todo esse cuidado e carinho de nossas equipes contribuem com o resgate da autoestima dos usuários”, disse.

Estrutura

A SAS conta com dez unidades de acolhimento, voltadas para diferentes públicos, sendo duas inclusivas. O objetivo das unidades é atender os usuários de forma integral, fortalecendo vínculos familiares e trabalhando sua reinserção na sociedade, por isso cada caso é avaliado e atendido de acordo com sua realidade.

As equipes também buscam apoio na rede pública de saúde. Além das cinco refeições diárias, os usuários recebem assistência psicossocial, complementada com o trabalho de terapeutas ocupacionais. Todas as unidades contam com assistentes sociais, cuidadores, psicólogos, terapeutas ocupacionais e equipes de cozinha, limpeza e motoristas.

Com a pandemia, muitas atividades sofreram adequações e ocorrem de forma remota e passam por avaliações constantes para garantir a mesma qualidade de atendimento presencial.