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sábado, 20 de abril, 2024

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PREFEITURA APRESENTA DOCUMENTO SOBRE VIOLÊNCIA QUE NORTEARÁ POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES

A Subsecretaria de Políticas para a Mulher (SEMU) realizou um mapeamento  para levantar informações qualitativas e quantitativas sobre a violência contra a mulher em Campo Grande. O documento “Mapeamento da Violência em Campo Grande” revela dados importantes, que servirão de fonte de consulta para embasar a formulação das políticas públicas para a mulher. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (13), na Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher (SEMU).

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“Esta é a primeira pesquisa científica realizada na cidade que se refere aos diferentes tipos de violência contra as mulheres e ajuda a traçar um perfil socioeconômico daquelas que já sofreram ou sofrem algum tipo de violência. Ele nos ajudará a elaborar políticas públicas que tenham mais a ver com a nossa realidade”, enfatizou a subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini.

De acordo com Crisrober Silva, um dos responsáveis pela pesquisa, o mapeamento foi baseado não somente em dados estatísticos dos órgãos oficiais, mas também foram ouvidas mulheres da comunidade, muitas as quais nunca apresentaram nenhum tipo de
denúncia.

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“Existe uma lacuna das mulheres que não procuram ajuda e fomos em busca destas mulheres para tentar obter resultados mais precisos. A pesquisa ainda revelou que não se pode abrir espaço para a concessão de qualquer tipo de violência,” destacou Crisrober.

Segundo o mapeamento, no ano de 2017, o perfil da mulher com maiores percentuais de violência é da região de Anhanduizinho. A média de idade é de 30 e 59 anos, com renda própria e regular com vínculo. Alem disso, a pesquisa ainda informa que a violência mais citada pelas entrevistadas, considerando ao longo de suas vidas, é a psicológica.

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Para a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Nélis Braúna, a principail causa da violência contra a mulher é a cultura machista e de patriarcado, que acaba inferiorizando o papel das mulheres.

“A Patrulha atende mulheres que já possuem medidas protetivas de todas as classes sociais e diferentes idades. Ultimamente, temos visto o aumento do número de violência patrimonial. Muitas mulheres não denunciam por vergonha, dependência psicológica ou financeira. Porém, a gente procura incentivar as denúncias, até de terceiros. Basta ligar no 180,” afirmou Nélis.

O Mapeamento foi financiado com recursos de convênio celebrado com o Governo Federal e em breve estará disponível de forma online.