Campo Grande, MS
sexta-feira, 29 de março, 2024

O governador Reinaldo Azambuja concluirá seu mandato, em 2022, com uma marca não alcançada pelos seus antecessores em 43 anos de criação do Estado de Mato Grosso do Sul: entregará 163 pontes de concreto, na maioria dos municípios, com investimentos de R$ 220 milhões. Nos primeiros quatro anos (2015-2018), foram construídas cerca de 100 estruturas, e na atual gestão, projetadas mais 63, das quais 23 estão em execução em 17 regiões.

Os empreendimentos com recursos próprios fazem parte dos programas “Mais Pontes” e “Governo Presente”, criados pelo Governo do Estado para realizar em oito anos, de forma programada, a substituição de pontes de madeira já desgastadas por estruturas de concreto – materiais mais duráveis e que requerem menos manutenção e  economia de recursos, além de garantir maior segurança aos usuários.

Em conclusão, ponte de concreto sobre o Córrego Cascavel, entre Figueirão e Costa Rica. Foto: Saul Schramm

Novos projetos foram incorporados ao pacote, com a decisão de Reinaldo Azambuja de construir 15 pontes de concreto em vazantes nos pantanais da Nhecolândia e Nabileque, em Corumbá, em locais onde as de madeiras foram queimadas pelos incêndios, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Entre 2015-2018, 40 travessias foram implantadas em caráter emergencial (substituindo as destruídas por grandes temporais) e outras refeitas por desabamentos devido a projetos mal executados pelo governo anterior.

Ponte construída sobre o Rio Coxim, na MS-142, em Camapuã, beneficiou região de produção em expansão. Foto Saul Schramm

Qualidade das obras

O governador afirmou que os investimentos em infraestrutura são frutos de um trabalho que envolveu medidas duras e até impopulares nos primeiros quatro anos para enfrentar as crises. “Optamos por fazer um governo responsável, diminuímos o tamanho da máquina pública, reduzindo os gastos com o próprio governo para investir no bem-estar da população e honrar nossos compromissos. Isso nos permitiu manter os investimentos nas obras prioritárias”, disse.

Reinaldo Azambuja assumiu o governo em um período de calamidade, com as intensas chuvas destruindo pontes de madeira em áreas de risco. Em articulações com o governo federal, 35 pontes de concreto foram construídas em Amambai, Caarapó, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Bela Vista, Dois Irmãos do Buriti, Eldorado, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Ivinhema, Jateí, Juti, Novo Horizonte do Sul, Paranhos, Rio Brilhante, Sete Quedas, Tacuru e Naviraí.

Além de atender estas regiões em caráter emergencial, garantindo acesso às pessoas e o transporte da produção, a administração estadual enfrentou situações atípicas, como o desabamento em efeito dominó da ponte de concreto sobre o Córrego Santo Antônio, entre Guia Lopes da Laguna e Jardim, em 2016. Mal projetada pelo governo anterior, a estrutura foi substituída dentro de uma nova concepção técnica adotada pela atual gestão: com projeto executivo.

Ponte sobre o Córrego Guardinha, em Jardim, tirou região de produção e assentamentos do isolamento. Foto: Chico Ribeiro

Suporte à economia

Na mesma região, foram reconstruídas outras duas pontes, sobre o Rio dos Velhos e Córrego Guardinha, também edificadas pelo governo anterior. A primeira desabou parcialmente em 2016, por falhas no projeto estrutural, e a segunda, foi levada pela correnteza em 2017.  Este ano, Reinaldo Azambuja entregou a ponte de concreto sobre o Rio Salobra, em Bodoquena, também levada pelas enxurradas, reintegrando uma região de produção e turismo.

“O nosso objetivo é melhorar o acesso aos municípios, proporcionar o escoamento da produção e oferecer segurança à comunidade e àqueles que cruzam as estradas do nosso Estado”, ressaltou o governador. “Com a crescente expansão do agronegócio e o crescimento das cidades, atender a essas demandas é de suma importância para a manutenção da economia do Estado, fazendo circular as nossas riquezas”, acrescentou.

De 2015 1 2018, o Estado investiu mais de R$ 105 milhões na construção de 100 pontes de concreto, e a meta é entregar outras 63 travessias até final de 2022, as quais somam R$ 116 milhões e um total de 2,9 quilômetros de extensão. Com várias obras em fase de conclusão, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) executa 23 pontes (897 metros) e finalizou a elaboração de projetos de outras oito, que terão custo de R$ 20,3 milhões.

Ponte Sobre o Rio Salobra, em Bodoquena: polo de turismo e agricultura familiar. Foto Edemir Rodrigues

Canteiro de obras

As estruturas em obras garantirão acessos às rodovias MS-243, MS-382, MS-324, MS-458, MS-223, MS-340, MS-170, MS-245, MS-379, MS-274 e MS-215 e vicinais, dentre as quais a travessia do Rio Barreiro (Paranaíba), Pantanal do Nabileque (Corumbá), Rio Aquidabã (Porto Murtinho), Ribeirão Taquarussu (Anastácio), Rio Dourados (Deodápolis), Rio São Domingos (Água Clara), Córrego Figueira (Coxim), Rio Negrinho (Rio Negro) e Rio Cumandaí (Naviraí).

Outras pontes em execução: sobre o Córrego Roncador (Pedro Gomes, Rio Negro (Rio Negro), Vazante do Rio Branco (Porto Murtinho), Córrego Cascavel (Costa Rica), Córrego Mimoso (Paraíso das Águas), Rio Aquidauana (Bandeirantes), Rio Saiju (Caarapó), Ribeirão das Botas (Jaraguari), Córrego Caarapó (Caarapó), Rio Guaimbê (Laguna Carapã), Córrego Laranja Doce (Dourados), Córrego Pedro Gomes (Pedro Gomes) e Rio Maracaí (Iguatemi). 

Entre obras e projetos a licitar ou contratar, são mais 17 pontes, com 955 metros de extensão e investimentos de R$ 39 milhões. Estão em construção quatro galerias em estradas vicinais de Jateí, Dourados, Figueirão e Ponta Porã, ao custo de R$ 1,6 milhão. Duas galerias estão em conclusão na MS-243, estrada que corta o Pantanal do Nabileque, em Corumbá, e outras três estão em fase de projetos e contratação das obras em Terenos, Rio Negro e Tacuru.