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quarta-feira, 24 de abril, 2024

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Reeducandos de Três Lagoas constroem novo espaço no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora

Reeducandos que cumprem pena no regime semiaberto, em Três Lagoas, estão trabalhando na reestruturação do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, com a construção de uma nova área para promoção do desenvolvimento de recursos humanos hospitalar. Além de garantir uma fonte de renda lícita, é uma oportunidade de conquistar o mercado de trabalho e ficar longe da criminalidade.

A iniciativa foi concretizada através da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Colônia Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus”; a 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, representada pelo juiz Rodrigo Pedrini; o Conselho da Comunidade do município e o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

Local para capacitação dos funcionários do hospital também está sendo construído.

Com início em agosto do ano passado, a obra tem como objetivo promover um local para capacitação e treinamento dos funcionários do hospital, além de melhorar as condições de descanso dos colaboradores durante os intervalos, através de uma área com ambiência confortável, mobiliário, temperatura e iluminação adequados.

Segundo o presidente do Conselho da Comunidade de Três Lagoas, José Antônio Rodrigues, a parceria foi tão positiva que o hospital pretende firmar outro convênio para utilizar a mão de obra desses mesmos internos para outras obras em andamento no local e para serviços de manutenção.

Ao todo, seis reeducandos atuam na obra e, além do salário também recebem remição de um dia na pena a cada três trabalhados, conforme prevê a Lei de Execução Penal.

Com mais de 243 m² de área, a construção está em fase final e terá um custo total de mais de R$ 505 mil, sendo R$ 232,8 mil custeados pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, através das penas pecuniárias.

Conforme a assessoria do Hospital Auxiliadora, a parceria tem sido bem gratificante e uma experiência incrível. “Saber que o hospital pode colaborar com o resgate dos valores desses seres humanos é motivador, ou seja, faz jus aos nossos valores institucionais. Pois a ressocialização vem no intuito de trazer a dignidade, resgatar a autoestima do detento, trazer aconselhamento e condições para um amadurecimento pessoal, além de lançar e efetivar projetos que tragam proveito profissional”, afirmou em nota.

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o oferecimento de trabalho remunerado aos apenados possibilita uma fonte de renda para o sustento da família e a profissionalização em alguma atividade, além de ser um importante mecanismo para incentivar novos valores, comportamentos e um futuro ainda mais digno.

Fonte: Portal do MS