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quinta-feira, 25 de abril, 2024

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NO DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO UNIDADES DE SAÚDE PROMOVEM AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO

tabagismo

Nesta quarta-feira, (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo e durante este mês, as unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) realizaram diversas ações em alusão a esta data, para alertar sobre os malefícios do tabagismo.

Mais de 30 ações foram organizadas ressaltando o tema da Campanha deste ano que reforça, sobretudo, a relação entre Tabagismo e as Doenças Cardiovasculares já que o uso do tabaco é umas das principais causas de infarto, angina e acidade vascular cerebral (AVC).

A UBSF Tarumã promoveu uma grande atividade na unidade com os pacientes que aguardavam atendimento na manhã de hoje sobre os riscos de doenças cardiovasculares relacionadas ao tabagismo. A ação alcançou, também, a escola municipal do bairro com adolescentes, para alertar sobre os riscos ao fazerem uso do tabaco, em especial o narguilé.

O tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas por ano, das quais cerca de 900 mil são não-fumantes que morrem por respirar o fumo passivo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo (17,7 milhões de pessoas todos os anos). No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por quase 30% de todos óbitos registrados no país anualmente, ocorrendo, em muitos casos, em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 64 anos). Os não fumantes, que respiram a fumaça do tabaco, têm risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas em 25 a 30%. Mas há uma boa notícia, para aqueles que param de fumar, após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

O Programa de Controle do Tabagismo instituído em Campo Grande e ofertado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) segue o modelo do Ministério da Saúde estabelecido como Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco.

O atendimento à população que deseja parar de fumar inclui avaliação clínica, abordagem intensiva – individual ou em grupo, chamada abordagem cognitivo-comportamental -, e caso necessário, terapia medicamentosa através de adesivo transdérmico e Cloridrato de Bupropiona, que são considerados medicamentos de 1ª linha.

O tratamento consiste em sessões individuais ou em grupo, entre 10 a 15 participantes, com a duração média entre 60 e 90 minutos, coordenados por uma dupla de profissionais de saúde de nível superior, por uma equipe de profissionais ou apenas um profissional, com duração de doze meses. No primeiro mês são realizadas 4 sessões estruturadas, sendo 1 por semana; no segundo mês são realizadas 2 sessões quinzenais; e do terceiro ao décimo segundo mês são realizadas sessões mensais, – chamadas de sessão de manutenção – para prevenção de recaída.

As 4 sessões iniciais são consideradas “sessões estruturadas” e cada paciente receberá o Manual do Participante “Deixando de Fumar sem Mistérios” onde ele poderá entender por que se fuma e como isso afeta a saúde, os primeiros dias sem fumar, como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar e os benefícios obtidos após parar de fumar.

locais grupos de tabagismoEm Campo Grande há 23 locais habilitados para atendimento do programa entre unidades de saúde, hospitais e o Centro Especializado Municipal. Em 2018 foram capacitados mais de 150 profissionais da Rede Municipal de Saúde para implantação de novos pontos de atendimento do programa.

Segundo os indicadores de atendimento do 1º quadrimestre de 2018, dos participantes inscritos no programa, 55% tiveram adesão ao tratamento, 21% já se apresentaram abstinentes na 4ª sessão e 56% dos que iniciaram o programa utilizou algum tipo de medicamento. Em geral o público atendido faz parte do sexo feminino (65%) e a faixa etária prevalente (70%) está entre 18 e 60 anos de idade.

Números
Segundo dados do VIGITEL/2017, lançado em 2018, Campo Grande ocupa dentre as capitais brasileiras, o 5º lugar em Percentual de adultos (≥ 18 anos) fumantes. E por sexo, representa a 4ª posição em percentual de homens fumantes e a 10ª posição em percentual de mulheres fumantes.

Em relação a frequência de fumantes passivos no domicílio, dentre as capitais brasileiras, Campo Grande ocupa entre os homens a 14ª posição e entre as mulheres a 10ª posição.

Quanto aos fumantes passivos no local de trabalho, entre os homens, dentre as capitais brasileiras, Campo Grande ocupa a 3ª posição e entre as mulheres a 22ª posição.